Resolução 1974/11: 9 regras do CFM sobre a publicidade médica
A publicidade médica conta com uma série de exigências que nem todo mundo sabe a respeito. Isso porque como envolve a saúde humana, existem determinados tipos de cuidado que se deve ter para que conteúdos possam ser publicados de forma correta.
Para isso, o CFM (Conselho Federal de Medicina) estipula algumas regras fundamentais a seguir. O principal objetivo da publicidade médica é educar e não vender.
Por isso que ela é tão específica. Por existir uma série de detalhes, muita gente pode acabar não dando a devida importância na hora de fazê-la e isso pode resultar em sérias punições.
Veja então alguns dos fatores exigidos por lei para essa prática.
O que é a publicidade médica?
Como citamos acima, na medicina o principal objetivo da publicidade é educar e orientar por meio de informações. Ela está muito distante da publicidade voltada para vendas.
Os profissionais da saúde que fazem qualquer tipo de comunicação com o público por meio de qualquer canal, estão realizando a publicidade médica.
Existe um órgão que fica responsável por regulamentar e fiscalizar todas as atividades que envolvem essa publicidade, que é o Conselho Federal de Medicina.
O CFM fez a elaboração de resoluções de número 1.974/2011, 2.126/2015 e 2.133/2015 sobre essa temática.
Qual o motivo de limitarem as publicidades na área da medicina?
A razão pela qual existem leis que limitam o uso de certas publicidades é porque o consumidor final é o paciente e a publicidade envolve diretamente a sua saúde e qualidade de vida.
Portanto, por ser um fator de risco muito alto caso algo seja espalhado de forma irregular, a vida do paciente pode acabar sendo colocada em risco.
A publicidade médica tem então o caráter totalmente informativo e educativo. Portanto, ela deve focar em esclarecer doenças e outros assuntos de saúde que tenham base científicas comprovadas para ser pauta.
O que é permitido e o que não é dentro da publicidade médica?
Selecionamos alguns tópicos que são permitidos e que são proibidos na publicidade médica para que você tenha noção sobre o que se pode ou não abordar:
1. Divulgação do registro CRM e especialidade
A divulgação do registro CRM é fundamental, pois ela é um registro que tem como foco fiscalizar o exercício regular da profissão pelos médicos nos meios de comunicação.
O médico também pode anunciar qual é a sua área de especialização desde que a mesma tenha reconhecimento e registro pelo CFM.
2. Divulgação de eventos acadêmicos e científicos
A divulgação de eventos acadêmicos e científicos é uma forma de demonstrar conhecimento na área, por isso, é permitido que seja feito. O único cuidado em relação a isso é que a divulgação deve ser feita de modo incisivo e reiterado.
Assim, qualquer tipo de interpretação de autopromoção exacerbada é evitada.
3. Divulgação de tratamentos disponíveis
Divulgar e informar sobre os novos aparelhos, tratamentos ou procedimentos disponíveis no mercado é algo que o CFM permite.
No entanto, a divulgação deve ser cuidadosa e não pode conter mecanismos que o público entenda a divulgação como algo exclusivo ou pioneiro, pois o CFM pode entender isso como autopromoção.
4. Publicação de fotos
A publicação de fotos é algo que pode ser feito desde que nenhum paciente seja identificado ou algum elemento que possa identificar esse paciente.
Publicar fotos com a equipe de trabalho é uma maneira interessante de fazer com que o público possa se aproximar dos profissionais e das suas rotinas médicas.
5. Realizar esclarecimentos sobre doenças e outras questões de saúde
Fazer conteúdos esclarecendo doenças ou qualquer outra questão de saúde é algo permitido pelo CFM, desde que os esclarecimentos tenham base científica atualizada.
Assim, nenhum tipo de diagnóstico ou identificação é feito sem que se tenha uma base. É importante reforçar nesses esclarecimentos a importância de consultar um profissional para que a saúde de cada indivíduo possa passar por avaliação individual.
6. Imagens antes e depois
O CFM proíbe de forma absoluta a publicidade médica que contenha divulgação de fotos comparando resultados de antes e depois de procedimentos médicos feitos, ainda que o paciente dê o aval para isso.
A razão para esta proibição está por conta da expectativa irreal que alguns pacientes podem ter ao se comparar com resultados de outras pessoas.
7. Imagem em salas de cirurgia
A divulgação de imagens feitas em salas de cirurgia pode fazer com que o paciente acabe sendo identificado e isso, como já dito anteriormente, se torna algo totalmente proibido.
A relação do médico com o paciente é de total sigilo profissional. Havendo essa exposição, o CFM entende que o profissional está quebrando a conduta de confidencialidade.
8. Selfies em local de trabalho
O médico pode tirar selfies com paciente, desde que não esteja em seu local de trabalho ou durante o atendimento médico. O CFM é bem claro quanto à proteção da intimidade das pessoas.
O profissional pode fazer uso de suas redes sociais de forma cautelosa, publicando foto de sua equipe ou de seu espaço de atendimento, desde que nenhum paciente saia nessas fotos e desde que as fotos não sejam caracterizadas como sensacionalismo ou autopromoção.
9. Consultas por chat ou comentários
Se torna totalmente proibido que perfis médicos usem suas redes sociais para atendimento ou para dar diagnóstico por meio de comentários.
Um médico pode sim comentar sobre uma doença, mas nunca pode dar o veredito sobre o diagnóstico sem que esse paciente tenha passado por exames.
O papel do profissional nas redes sociais é alertar e incentivar o público a procurar um especialista que possa fazer a avaliação de cada pessoa e entregar um diagnóstico preciso a cada uma delas.
Entenda o que é permitido por lei para a publicidade médica e o marketing médico
A fiscalização da publicidade médica e do marketing médico é realizada por órgãos regulatórios em cada país. Esses órgãos são responsáveis por monitorar e regulamentar as práticas de publicidade e marketing médico para garantir que as informações fornecidas sejam precisas, éticas e confiáveis.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável por fiscalizar a publicidade de medicamentos e produtos de saúde, incluindo a publicidade médica. A ANVISA estabelece diretrizes e normas para a publicidade de produtos de saúde e monitora a conformidade dessas normas.
Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) é responsável por regulamentar as práticas de marketing médico no Brasil. O CFM estabelece regras para a publicidade médica, incluindo limitações sobre o uso de imagens e testemunhos de pacientes, bem como as informações que podem ser divulgadas.
Em outras partes do mundo, há órgãos reguladores semelhantes que monitoram a publicidade médica. Por exemplo, nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) é responsável pela fiscalização da publicidade de medicamentos e produtos de saúde.
É importante lembrar que as práticas de publicidade e marketing médico são regulamentadas para garantir que as informações fornecidas aos pacientes sejam precisas e éticas. Portanto, é essencial que profissionais de saúde e empresas de saúde estejam cientes das regulamentações e as sigam cuidadosamente para evitar violações e possíveis sanções.
Publicidade médica e marketing médico não são a mesma coisa!
O marketing médico e a publicidade médica são dois conceitos diferentes, embora ambos estejam relacionados à promoção de serviços de saúde. Aqui estão as x principais diferenças entre eles:
1. Definição
O marketing médico refere-se a todas as atividades que visam promover a prática médica ou serviços de saúde de uma maneira geral. Já a publicidade médica é uma forma específica de marketing médico que visa promover um produto ou serviço de saúde específico.
2. Objetivo
O objetivo do marketing médico é construir relacionamentos duradouros com pacientes e outras partes interessadas no setor de saúde. O objetivo da publicidade médica é aumentar a conscientização e promover a venda de um produto ou serviço específico.
3. Regulamentação
A publicidade médica é altamente regulamentada, com leis que restringem o tipo de informação que pode ser divulgada sobre um produto ou serviço de saúde. O marketing médico, por outro lado, é menos regulamentado, mas ainda é necessário cumprir com algumas diretrizes éticas e legais.
4. Audiência
A audiência para a publicidade médica é geralmente para os profissionais de saúde, enquanto o marketing médico pode ser direcionado para pacientes, profissionais de saúde e outras partes interessadas.
5. Abordagem
A publicidade médica é geralmente mais direta e focada em recursos técnicos do produto ou serviço de saúde. O marketing médico, por outro lado, é geralmente mais sutil e se concentra em construir relacionamentos e fomentar a confiança.
6. Resultados esperados
A publicidade médica geralmente busca resultados mais imediatos, como a venda de um produto ou serviço de saúde. O marketing médico, por outro lado, busca resultados a longo prazo, como a fidelização do paciente e a construção de uma reputação positiva para o profissional ou instituição de saúde.
Consiga leads usando o marketing médico a seu favor
Existem diversas estratégias que podem ser utilizadas para conseguir leads usando o marketing médico. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar:
Crie um site profissional e informativo
O site deve ser fácil de navegar, ter informações claras e precisas sobre os serviços oferecidos, os profissionais envolvidos, as especialidades, localização e formas de contato.
Otimize o site para mecanismos de busca (SEO)
Certifique-se de usar palavras-chave relevantes em seu conteúdo, além de ter uma boa estrutura do site, títulos e descrições claras, URLs amigáveis, entre outros aspectos que facilitam a indexação nos motores de busca.
Tenha presença nas redes sociais
As redes sociais podem ser uma ótima ferramenta para promover sua clínica ou consultório e aumentar sua visibilidade. Utilize as redes sociais para divulgar conteúdo relevante e informativo, interagir com os pacientes, e promover seus serviços.
- Facebook;
- Instagram;
- Tik Tok;
- YouTube – caso queira publicar conteúdo audiovisual educativo sobre os procedimentos e esclarecer principais dúvidas;
- LinkedIn – essencial para se posicionar no meio médico e acadêmico sobre seus avanços, especializações e participações em eventos da área.
Invista em publicidade online
Anúncios em redes sociais e campanhas de Google Ads podem ser eficazes para gerar leads. Mas é importante trabalhar bem o público-alvo, os interesses e as palavras-chave que melhor se adequam ao seu negócio para obter um bom retorno.
Ofereça conteúdo educativo
Disponibilize informações sobre saúde e bem-estar, através de blogs, vídeos, infográficos e outros formatos que possam ser de interesse do seu público-alvo. O conteúdo deve ser útil, informativo e não deve se restringir a promover apenas seus serviços.
Utilize e-mail marketing
Mantenha contato com seus pacientes e leads através de newsletters, e-mails personalizados com dicas de saúde, resumo de blogs importantes, informações sobre serviços, eventos e promoções.
Ofereça um atendimento personalizado
Garanta que o atendimento aos pacientes seja diferenciado, humanizado e personalizado, pois isso pode fazer toda a diferença na fidelização de seus pacientes e recomendações para novos clientes.
Ao aplicar essas estratégias, é possível conquistar leads qualificados e aumentar o número de pacientes para seu consultório ou clínica, além de construir uma marca forte e relevante no mercado de saúde.
E se você acha tudo muito complicado, não tem problema! A Vanguarda Comunicação é a parceira ideal para alcançar o seu público.